sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Em Defesa de Lisboa

Pela defesa do Porto de Lisboa, do emprego, do ambiente e do desenvolvimento sustentável da cidade.
O Porto de Lisboa e as actividades que dele dependem empregam cerca de 140.000 pessoas e representam cerca de 5% do PIB regional e 2% do PIB Nacional. Trata-se, por isso, de uma estrutura económica de importância vital para Lisboa e para o bem-estar dos seus cidadãos, sendo também uma peça estratégica do sector portuário nacional sem a qual seriam alguns portos estrangeiros os grandes beneficiados.É por isso que todas as grandes cidades ribeirinhas europeias não dispensam, antes desenvolvem, os seus portos comerciais. Barcelona, Valência e Vigo são apenas alguns exemplos mais próximos.Eliminar os terminais para contentores que são transportados por navio, obriga trazer esses contentores para Lisboa a partir de outros portos, o que implica, por um lado, um acréscimo de custo do transporte, (com reflexo nos preços dos produtos, que se estima em cerca de 20%) e, por outro, um aumento do congestionamento, sinistralidade e desgaste das rodovias, a que acresce um impacto fortemente negativo para o ambiente.A protecção da cidade e o respeito pelos seus cidadãos é um objectivo de todos, que é alcançável com um equilíbrio saudável e desejável com a imprescindível actividade económica que hoje, e desde sempre, é uma realidade na cidade de Lisboa.Expressões como:
● “Uma pilha de quatro contentores equivale a um prédio de 10 andares”, como se 10 metros fossem equivalentes a 31 metros;
● “Não faz sentido movimentar contentores na baixa de Lisboa”, como se Alcântara ficasse no Rossio;
● “A taxa de utilização do terminal de Contentores de Alcântara é baixa” o que não é verdade. O terminal está a atingir o ponto de saturação;
● “Não faz sentido manter um terminal de contentores, quando se vão realizar urbanizações de luxo em Alcântara, aqui até podemos ver a alternativa desejada por alguns.
Comprovam claramente o nível da informação propagandeada a respeito deste assunto.Não podemos ser meros espectadores dessa irresponsabilidade, nem pactuar com a desinformação que existe em torno do tema.Vastas áreas da zona ribeirinha estão ainda pouco aproveitadas e podem ser convertidas em locais de lazer e recreio, a juntar ao muito que já existe.
A economia marítimo-portuária de um país virado para o mar não é impeditiva destes objectivos.Não vamos permitir que uma das infra-estruturas mais importantes para o desenvolvimento e sustentabilidade da cidade e do país sucumba ao populismo irresponsável. Vamos lá assinar a petição, pela defesa do Porto de Lisboa e da cidade, do emprego e do ambiente, contra a demagogia!

3 comentários:

Pedro Beça Múrias disse...

Caro
Sou jornalista- Gostava de lhe dar uma palavra sobre o QE2. Estou a fazer um trabalho sobre a ultima escala em Lisboa.
Quantoao seu post, pena que nemsempre nos cheguem a tempo estas posições.
Um abraço
PedroMúrias
pedromurias@gmail.com

Robin Setubal disse...

Belas imagens só possiveis por quem anda nestas lidas.
Por seu lado, eu em Setúbal entretenho-me a tirar fotos (a partir de navios, reboques ou lanchas) das margens do estuário do Sado que coloco em http://vistasdoriosado.blogspot.com.
Robin

ncm disse...

Obrigado pelos comentários!