Foi Piloto-Mór dos Pilotos de Lisboa durante 25 anos, entre 1937 e 1962. Foi responsável pela modernização e aperfeiçoamento da pilotagem no conturbado período da II Grande Guerra.
Foi o principal impulsionador da construção da Estação de Pilotos do Bom-Sucesso, faleceu no dia da sua inauguração a 15 de Dezembro de 1969.
A Estação de Pilotos do Bom-Sucesso encontra-se hoje fechada e privada da imagem de outrora - espera-se um futuro digno ligado ao Mar...
Como forma de homenagem, foi dado o nome de Piloto-Mór Florêncio a uma embarcação de Pilotos - também já desactivada e que aguarda um destino nada risonho...
Compete à presente geração de Pilotos e Homens do Mar preservar a dignidade de um património que a todos pertence...
Compete à presente geração de Pilotos e Homens do Mar preservar a dignidade de um património que a todos pertence...
2 comentários:
Felicite-o pela postagem de homenagem ao piloto-mor Florêncio, que eu desde criança sempre ouvi elogiar, pois além de um experimentado prático, foi um grande dinamizador da sua corporação, como também em conjunto com o piloto-mor José Fernandes Tato, dos pilotos do Douro e Leixões, ambos se interessavam pela modernização das suas corporações, e ainda do bem estar e situação financeira dos seus pilotos e isto extensivo a todas as corporações desde Viana do Castelo a Vila Real de Santo António, que devido ao reduzido tráfego dos seus portos, por vezes as dificuldades financeiras eram enormes, sobretudo no difícil período da II Guerra Mundial, em que a navegação estrangeira rareou, e recordo-me do meu pai aqui no Douro, estar quinze ou mais dias sem embarcar, e em Leixões ainda pior. Agora veja-se Aveiro, Viana e por aí fora.
Aqui no Douro, tínhamos a navegação de cabotagem, que na época era obrigada a meter piloto, que transportava cimento, sal, figo e os navios bacalhoeiros, e um ou outro navio das nações aliadas, e nestes de entrada ou saída, iam para bordo com o credo na mão, com receio que fossem atacados pelos aviões nazis, que apareciam num abrir e fechar de olhos. Em Leixões valia-lhes os navios da carreira de África e EUA.
Note-se que a corporação do Douro e Leixões, viu-se obrigada a vender o seu rebocador COMANDANTE AFONSO DE CARVALHO, que fora construído pouco antes do eclodir da guerra, para fazer face aos proventos dos pilotos e seus assalariados.
Saudações marítimo-entusiásticas
Rui Amaro
Obrigado pelo comentário.
Aproveito para também o felicitar pelo excelente Blog opilotopraticododouroeleixoes.blogspot.com onde relata o dia-a-dia dos Pilotos do Douro/Leixões num passado não muito distante.
Uma verdadeira lição da história da pilotagem moderna!
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